Trilogia da Traição

Trilogia da Traição
 
         Certamente que a infidelidade conjugal é mais dolorosa que uma picada de serpente peçonhenta; queima a alma, promove diversos distúrbios emocionais, porque o traído passa a ver o pior nas pessoas, além de acarretar morte, quando não acontece a esfera física é processada na espiritual e psicológica; o sentimento que predomina é de perda.
         Um evento interessante acontece entre ambas as partes, é o seguinte questionamento: “Você praticou sexo quantas vezes com essa pessoa?”
Quando, a resposta é: “Foi somente uma vez”. Parece que existe uma certa aceitação, como se o fato consumado não fosse grave.
         Vamos compreender essa colocação: “Foi somente uma vez”.
01 – Somente uma vez – (Uma ação isolada): Pode ser interpretado como um momento de fraqueza por sentir-se desprezado(a) em determinada situação, especialmente na negligência sexual que alguns cônjuges deixam no momento de amor por motivos banais.  
Também a curiosidade em conhecer outra pessoa, em particular as mulheres que só pertenceram a um homem durante toda a vida, ou pode aplicar-se a um relacionamento a longo prazo, como casamentos a mais de vinte anos que a sexualidade entrou na rotina.
Em outros casos carência afetiva que são aplicadas aos casais que não mudam de hábito sexual, praticando na mesma posição porque acreditam que se apimentar o relacionamento estarão pecado, pois seguem uma cultura religiosa falida e tabus que não leva a nada, a não se expressar uma falsa purificação espiritual que não tem a menor expressão diante da Palavra de Deus, pois são determinações humana aplicadas por religiosos que nunca se casaram, mas tem como companheira a velha mão masturbatória, e uma mente pesarosa em gozar pensando nas mulheres da sua comunidade.
02 – Foi somente duas vezes – (Entrou na cabeça da pessoa): A pessoa traída entra em pânico porque reconhece a gravidade do ato, tendo em vista que a primeira vez se tratava de uma curiosidade; a segunda é considerada uma recidiva,  ato que passou a gerar prazer e um pouco de dependência, colocando o cônjuge em posição de receber uma atenção afetiva extramatrimonial; deixando a mente dividida entre dois amores; evento ativa a memória fotográfica desenrolando a alorgasmia (transa pensando em outro(a).   
No caso citado, existe possibilidade de voltar atrás através do arrependimento pelo ocorrido; até esse momento não contem um sentimento concreto, trata-se de uma aventura sexual que segue em rumo a um caminho quase sem retorno. Começa a nascer uma intimidade; mas como o relacionamento oficial possui as suas raízes familiares, existe a possibilidade de não seguir em frente, mas a paixão assola por muito tempo, evento que os religiosos classificam como tentação, ao ponto de durante todo o dia acontecer pensamentos repetitivos, a noite acontece a parada súbita do sono e devaneios, verdadeiros sonhos acordado, sonhos eróticos o que alimenta o desejo avassalador em dar continuidade a saga infame da traição.
03 – Foi somente duas vezes – (Desceu ao coração):  Em uma traição acontece uma trajetória, pode acontecer de imediato ou levar um tempo.
Vimos na trajetória da traição:
Uma vez  – Uma ação
Duas Vezes – Entrou na cabeça
Três Vezes – Desceu ao coração
         Enquanto os sentimentos são superficiais, fica mais fácil libertar-se sem sequela; mas no terceiro e último caso, o ato sexual torna-se rotineiro, acontecimento que dá autoridade ao talarico (amante), dominar e traçar as regras do jogo.
         Na maioria dos casos, especialmente quando são os homens que seduzem a esposa de outros, os tais querem apenas uma aventura; mais uma para sua coleção sexual, e mostrar para os demais o quanto são dominadores e desejados pelas mulheres. Contudo, nada de assumir a amante, pois tem a esposa em casa, e outra para externar as suas fantasias sexuais.
As mulheres têm uma psique diferente, uma vez que possuem inteligência emocional, vem a facilidade do apego afetivo pelo amante, tendo em vista que elas são carentes no amor. Não quer dizer que estejam na posição de mal-amadas; e sim, que os sentimentos afloram profundamente dentro delas, exatamente o que das fazem mulheres seres magnífico e ao mesmo tempo frágil demais, situação que as colocam em desvantagem diante dos homens; pois aproveitam da situação para tirar vantagens sexuais.  
Cientificamente, está provado que as meninas ao trair os seus companheiros, uma só vez, consegue o perdão; embora tenha que enfrentar um processo complexo de desconfiança, ciúmes  e censura; mas, com o tempo as coisas voltam para os seus devidos lugares. 
Mas quando os homens serem infiéis às suas companheiras o período de perdão torna-se mais rápido; com uma pequena particularidade: O risco delas se vingarem, pois é peculiar entre as mulheres; que embora não aconteça fisicamente, existe a possibilidade de ocorrer durante o ato sexual, chegar à mente delas a imagem de um namorado ou outro homem (Memória fotográfica), e no silêncio da sua dor por ter sido traída, elas terem orgasmos poderosos.
Devemos ser adultos e compreender que a psique da mulher é totalmente diferente dos homens; a negação desses fatos é imaturidade, peculiarmente crer que a esposa é uma santa (não tem tentações ou sentimentos eróticos), uma vez que elas possuem desejos humanos muitos fortes, pois são mulheres, ao ponto da Bíblia chamá-las de vasos mais fracos. – I Pedro 3:7 – Igualmente vós, maridos, coabitais com elas com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como naqueles que juntamente com elas co-herdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.
Segundo estudos que apresentam o índice de infidelidade, na mesma proporção tanto em homens como nas mulheres (A nível mundial); contudo, de acordo com cada região destaca-se os homens e em outras as mulheres. Mas, universalmente termina em igualdade para ambos os sexos.
Existe uma pequena particularidade; é que as mulheres têm mais cuidado com as suas aventuras amorosas, de maneira que muitas quando estão sendo abordadas em flagrantes, elas negam a infidelidade. Sem falar que as mesmas têm dificuldades de dar explicação quando são pegas em contradição.
Em relação aos homens, são frios e dissimulados diante de uma deslealdade, chegando ao ponto de darem uma desculpa que na maioria dos casos acusam a companheira, argumentando que foi ela que levou ao caos; embora tenha os casos que eles travam e ficam calados por algumas horas até criar coragem para argumentar o acontecido.
Enfim, seria bom que os casais se respeitassem mutuamente, e nos casos do relacionamento desgastado pelo tempo, buscassem novas formas de desfrutarem de uma sexualidade ativa com uma novidade a cada encontro.
 
Pastor Robson Colaço de Lucena – Terapeuta Sexólogo